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Vasco Santana
Vasco António Rodrigues Sant'Ana nasceu em Lisboa, a 28 de Janeiro de 1898.
Vida Pessoal:
Amante das artes desde sempre, desistiu do curso de Arquitectura e ingressou no curso de Pintura da Escola de Belas-Artes de Lisboa. Desistiria também desse aos 19 anos de idade, após ter visto a peça "O Beijo", de Arnaldo Leite e Carvalho Barbosa, no Teatro Avenida. Dedica-se a partir daí à carreira dramática.
Casou pela primeira vez a 19 de Julho de 1921 com Arminda Martins no Brasil. Do casamento nasceu Henrique Santana, também actor. Em 1925, já divorciado e em nova visita ao Brasil, casa-se novamente, desta vez com a actriz Aldina de Sousa. Do casamento nasceu, em 1926, José Manuel Martins Santana, tendo Aldina falecido em 1930, vítima de septicemia. Em 1941, Santana casou-se uma terceira vez com a actriz Mirita Casimiro, com quem viria a contracenar em muitos trabalhos até ao seu polémico divórcio em 1946. Vasco Santana não voltaria a casar, mas manteve um relacionamento com Ivone Fernandes até ao fim da vida. Da união nasceu João Vasco Santana.
Carreira no Teatro:
Estreou-se nos palcos em 1917. Dono de uma dicção incomparável e genial sentido de palco, levava os espectadores ao delírio. Fez longas temporadas no Teatro São Luiz e, passado pouco tempo, faz a sua primeira digressão ao Brasil. Fez teatro toda a sua vida. De cada vez que subia ao palco, dava ao público a alegria e boa-disposição que lhe eram intrínsecas. Mas não fez só comédias, entrou também nalgumas peças dramáticas como “Três Rapazes e Uma Rapariga”. Tinha talento nato mas também dominava as técnicas de representação, estudara bem o seu ofício, e se acontecia algum imprevisto, como acontece no teatro, sabia como improvisar.
Carreira no Cinema e na Rádio:
Vasco Santana conheceu também a rádio, onde interpretava personagens radiofónicos em peças transmitidas pela rádio. Para a história ficou a série "O Zequinha e a Lelé", onde actuava com Irene Velez (1947-48). Mas foi o cinema que lhe assegurou a imortalidade. Em 1933, protagonizou "A Canção de Lisboa", o primeiro filme falado feito inteiramente em Portugal, com um estrondoso sucesso ao lado de Beatriz Costa e António Silva. Voltou a fazer sucesso com "O Pai Tirano" em 1941, onde fez dupla com Ribeirinho e no qual, com a sua brilhante actuação, protagoniza situações de um humor extremo. Naquela que foi a década de ouro da sua carreira, Santana entrou ainda no filme "O Pátio das Cantigas". Para a história do cinema fica o seu monólogo com o candeeiro e as brigas com a personagem interpretada por António Silva.
Ocaso e Morte:
A 17 de Janeiro de 1946, Santana foi agraciado pelo governo português com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Viveu uma vida de excessos: comia, fumava e bebia demasiado. Por consequência, a sua saúde deteriorou-se depressa e, aos cinquenta anos, era muito obeso, diabético e tinha cirrose hepática. A 12 de maio de 1958, foi operado à cirrose e lançou-se o boato de que tinha morrido. Não era verdade mas morreu pouco depois, a 13 de Junho de 1958, de paragem cardíaca, quando estava em recuperação na sua casa em Caneças. Tinha 60 anos. O corpo ficou em câmara ardente na Igreja dos Mártires e saiu para o Cemitério dos Prazeres a 14 de Junho. O cortejo percorreu parte da Baixa de Lisboa e o povo aglomerou-se para a última homenagem.
Conhecido por: Acting
Aniversário: 1898-01-29
Local de Nascimento: Benfica, Lisbon, Portugal
Também Conhecido Como: Vasco António Rodrigues Santana